CEO da Microsoft reforça o interesse em adquirir novos estúdios de videojogos

 

Depois de surpreender o mundo e a indústria dos videojogos, com a aquisição da ZeniMax Media por 7.5 mil milhões de dólares, muitos questionavam se esse seria o último investimento da Microsoft no setor de videojogos, já que nos últimos anos a empresa, já investiu mais de 10 mil milhões de dólares na aquisição de estúdios, mas ao que tudo indica, ainda é apenas o começo.

Em entrevista ao CNET, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que não é possível simplesmente acordar um dia e decidir construir um estúdio de videojogos, sendo que a ideia por detrás do desenvolvimento de novos conteúdos, é alcançar comunidades cada vez maiores e mais diversificadas.

Na mesma entrevista, o chefe da Xbox, Phil Spencer, afirmou que o desenvolvimento de conteúdos é o “ingrediente” mais incrível para a plataforma em que pretendem continuar a investir, e isso permitirá duplicar o tamanho da organização criativa da Xbox.

Vale destacar que Nadella é um dos executivos fundamentais nesse modelo de aquisição de novos estúdios por parte da Microsoft, já que em 2014 logo após ter sido nomeado CEO da empresa, ele deu luz verde a aquisição da Mojang, estúdio responsável pela franquia Minecraft por 2.5 mil milhões de dólares.

Já em 2018, ele foi um dos responsáveis pela aquisição de cinco novos estúdios, incluindo a Obsidian Entertainment, estúdio conhecido por jogos como: Fallout: New Vegas, South Park: The Stick of Truth e mais recentemente The Outer Worlds. E por fim, em 2019, foi adquirida a Double Fine, estúdio responsável pela aventura, Psychonauts.

Phil Spencer também destacou que os jogadores e fãs da Xbox, vão perceber uma diferença notável com a aquisição da Bethesda, já que os videojogos da empresa estarão disponíveis através do serviço Xbox Game Pass ao mesmo tempo que chegam às lojas físicas e digitais. Além disso, também vão estar disponíveis através do serviço de streaming da Microsoft, xCloud.

Spencer também destacou que a Bethesda irá funcionar num modelo “semi-independente”, de maneira que possam continuar a desenvolver os videojogos que trouxeram grande sucesso e reconhecimento a empresa, sem que isso afete a sua liberdade criativa, a apostar assim, num modelo onde a liberdade criativa da equipa estará acima da aquisição.

Para finalizar, Nadella deixou claro que esse modelo de trabalho é justamente aquilo que vai impulsionar a Microsoft a procurar novos estúdios, pois sempre vão procurar empresas onde haja essa coesão de propósitos, objetivos e criatividade. Ele ainda destacou que os trabalhos com os estúdios pertencentes a ZeniMax, incluindo a Bethesda tiveram início desde o primeiro Xbox lançado em 2001 e essa proximidade apenas cresceu ao longo dos anos.