Cuphead (Switch) – Análise

Um dos jogos indie mais aclamados desta geração de videojogos é sem dúvida o sidescroller dos infernos chamado Cuphead! Originalmente um exclusivo para a Xbox One e PC, devido ao acordo entre o Studio MDHR e a Microsoft, o jogo chegou em abril do ano passado à Nintendo Switch.

Mais do que reanalisar o jogo, cuja crítica remetemos para o trabalho do nosso Ricardo Silva, o qual pode ser lido aqui, iremos analisar a performance técnica do título na consola híbrida da Nintendo.

Não sabemos como é que o Studio MDHR conseguiu isto, mas o jogo é uma conversão perfeita do original na Xbox. A qualidade gráfica dos desenhos animados dos anos 30, acompanhados pela banda sonora big-band clássica foi reproduzida – sem falhas – na consola milagre da Nintendo. Isto poderá dizer imenso da capacidade técnica da consola, embora provavelmente se deva à capacidade de programação dos programadores, juntamente com o facto de que o jogo não será graficamente tão exigente como outros jogos cujas conversões, igualmente milagrosas, possuem várias limitações.

A apresentação gráfica de Cuphead na Nintendo Switch é algo absolutamente extraordinário!

Temos também de ter em consideração que o jogo consiste em animações feitas com o estilo antigo dos anos 30, isto é, todos os elementos no ecrã possuem um certo efeito de suavização, o qual é filtrado por outros efeitos como o grão na imagem. Isto dá-lhe o aspeto de uma imagem antiga, como seria vista numa televisão com quase um século, com todas as suas imperfeições inerentes – embora em widescreen, que é o formato atual. Como diz a Digital Foundry na sua análise gráfica, “A arte em 2D certamente ajuda, no sentido que Cuphead é essencialmente ‘à prova de resolução’.” Quer isto dizer que independentemente da resolução em que seja visualizado, Cuphead terá sempre um bom aspeto, dado o estilo artístico utilizado.

Isto é relevante para a Nintendo Switch pois é possível jogar em modo portátil (e estável) ou em modo docked na TV, isto é, a 720p ou a 1080p, respetivamente, sem que se note qualquer diferença em termos de resolução, isto sempre a uns sólidos 60fps. Assim, a Nintendo Switch acaba, mais uma vez, por ser a plataforma perfeita para um jogo – neste caso, Cuphead! A versatilidade de ecrãs, juntamente com o facto de que é possível partilhar um Joy-Con com um amigo e jogar em multiplayer local, faz com que esta seja uma oferta irresistível para quem tem uma Switch!

As capacidades técnicas da Switch, nomeadamente a possibilidade ter 2 comandos a qualquer momento e em qualquer lugar, faz da versão da Nintendo Switch a melhor versão para ter!

 

A nível de jogabilidade, preferimos jogar com o comando Pro e a consola inserida na dock. Isto deve-se a razões de preferência pessoal, pois é mais confortável jogar um jogo tão exigente como Cuphead com um comando mais confortável cujos botões são maiores – embora este seja completamente jogável com os Joy-Con, como dissemos. A única imperfeição neste port, são os tempos de loading ligeiramente mais compridos, mas tal acaba por ser irrelevante, pois significam que Cuphead está disponível na Nintendo Switch em toda a sua glória clássica inspirada nos anos 30.

Opinião Final:

Cuphead na Nintendo Switch é um daqueles jogos que são obrigatórios para os fãs de sidescrollers. A conversão do jogo original é em tudo perfeita, o que em si é mais um incentivo para que se invista neste port para a consola híbrida da Nintendo. Altamente recomendado!

Do que gostamos:

  • Uma conversão absolutamente perfeita para o hardware da Nintendo Switch;
  • Capacidade de jogar em multijogador local simplesmente a qualquer momento através da utilização dos 2 Joy-Con!
  • 60fps em modo portátil (ou estável) ou em modo docked.

Do que não gostamos:

  • Todos os pontos negativos constantes na análise original. Por um lado o jogo continua a ser difícil, e por outro continua a não possuir multijogador online, embora este facto seja imensamente atenuado dada a flexibilidade dos modos multijogador local na Nintendo Switch.

Nota: 10/10

(decidimos arredondar a nota final da versão Xbox de um 9.5 para um 10, dadas as capacidades únicas da Switch, que fazem desta a versão superior)