Domingo Sinfónico #2 – Furi

Furi pousa em Switch na próxima semana »Vamos falar sobre videogames

Mais um domingo e mais uma playlist para que possas desfrutar deste dia com mais ritmo.
Desta vez o escolhido foi Furi, um jogo indie desenvolvido pelo The Game Bakers que utilizou o motor de jogo Unity no seu processo de criação.

Tive o privilégio de conhecer este jogo numa das ofertas mensais para os assinantes do serviço PlayStation Plus. Quando vi o trailer, achei toda a arte e premissa interessantes e decidi então, dar-lhe uma oportunidade. Furi é um jogo extremamente desafiante (muito mesmo) que consiste no avanço da história através de lutas apenas com bosses. A sua jogabilidade é supersónica e obriga-nos a decorar os padrões dos inimigos o mais rapidamente possível para que possamos sonhar em conseguir uma vitória: Se acham Dark Souls difícil, deviam de experimentar esta obra impressionante.

Para acompanhar todo o universo mágico e deslumbrante deste título, a produtora procurou empregar-lhe uma banda sonora adequada e que desse força ao propósito do gameplay. Na minha opinião, não poderiam ter encontrado uma solução melhor para acompanhar esta aventura. A música é parte integral do jogo e tão importante como todos os outros elementos, sendo rítmica, frenética e muito bem produzida, fazendo companhia ao estilo Retro que o jogo apresenta. Para isto, forem reunidos músicos e compositores com uma forte influência no mercado de sintetizadores eletrónicos.

A minha primeira escolha vai para a música criada pelo artista Francês, Franco Huesco mais conhecido no mundo artístico como Carpenter Bruit. O músico já participou em vários projetos, entre filmes e jogos (como, Hotline Miami). Esta música é acompanhada por uma luta dificílima. O universo entre banda sonora e gameplay chocam de tal forma que em apenas alguns instantes se tornam parte do mesmo, tornando a batalha numa dança demoníaca.

Mais uma vez, outro dos artistas escolhidos para fazer parte da composição sonora de Furi é Francês. Simon Delacroix, mais conhecido como Toxic Avenger fez um trabalho fenomenal neste jogo, ultrapassando na minha opinião a qualidade do seu reportório pessoal. Assim como Carpenter Bruit, a proposta é uma junção de sons produzidos em sintetizadores, juntar-lhe efeitos psicadélicos e ritmos com uma qualidade ímpar. Acho que a música eletrónica com raízes “retro neon synthwave” foram altamente bem representadas em Furi.

Para concluir, a batalha que acompanha esta música é extremamente cativante e bela,

O sueco Tom Andersson que na música adotou o nome de Waveshaper é mais um artista que emprestou o seu talento para compor esta compilação de grandes músicas. É difícil de explicar, mas se experimentarem o jogo, a experiência que vos espera é uma enorme viagem de descoberta, tanto a nível musical como da originalidade de Furi.

Para terminar mais uma edição de Domingo Sinfónico, escolhi a música me mais me tocou durante todo o título. Toxic Avenger, mostrou aqui uma maturidade para perceber exatamente o que o jogo pedia no momento em que esta música toca, juntando a sua qualidade indiscutível com o que é visto no ecrã é impossível não ficar rendido.

Furi encontra-se disponível para as plataformas: PC, PlayStation 4, Nintendo Switch e Xbox One.

Um abraço e até para a semana.