Entrevista a Nuno Barreto, produtor de Tanks Meet Zombies

O jogo Português Tanks Meet Zombies está nos destaques no Powered by IEPM e como tal, juntamente com a nossa parceira IEPM Gamers, decidimos entrevistar um dos responsáveis pelo jogo, Nuno Barreto.

Portugal Gamers – Boa tarde. Apresente-se aos nossos leitores.

Nuno Barreto: Chamo-me Nuno Vicente Barreto, um dos sócios fundadores da Titan Forged Games e sou natural de Coimbra. Trabalhei no Slinki, no Tanks Meet Zombies, num jogo para a Universidade de Coimbra, que consistia numa versão Kinect do jogo da Malha, no Beetle’s Land, em parceria com a Lovely Grand, num protótipo chamado Project Jäger, que ganhou um concurso da plataforma WePinch, em 2015, e num protótipo do VRock que foi apresentado nos Prémios Playstation, em 2016.

Portugal Gamers – Tanks Meet Zombies é um jogo que está nos destaques do Powered by IEPM, algo que noticiámos. Fale-nos do jogo.

Nuno Barreto: O Tanks Meet Zombies é um arcade shooter. No modo principal, vão surgindo diversas vagas de inimigos, neste caso zombies e alguns outros monstros, e o objectivo é destruí-las para se poder avançar até ao próximo nível. Pelo caminho vão também aparecendo diversos bosses para o dificultar. O nosso principal objectivo para o jogo foi criar um party que pudesse ser jogado por várias pessoas em simultâneo e, por isso, o jogo apresenta diversos modos “competitivos”.

Portugal Gamers – Qual o enredo do jogo e respectivo objectivo?

Nuno Barreto: O enredo do jogo segue os eventos de uma “novela tie-in” que fizemos:

E 2 dias depois dos acontecimentos da novela, os tanks uniram-se para saírem à noite e procurar novos zombies parceiros. O problema é que a única maneira de um tank conhecer novas pessoas é através de disparos e atropelamentos.

Portugal Gamers – Diga aos nossos leitores os modos que Tanks Meet Zombies tem e explique cada um deles.

Nuno Barreto: Tanks Meet Zombies apresenta 4 modos: modo campanha, corresponde ao clássico modo para destruir todas as vagas à medida que vão aparecendo para avançar de nível; modo arcade em que cada nível tem objectivos diferentes (atingir uma determinada pontuação antes da wave x, sobreviver x segundos, etc.), assim como mini jogos; um modo sobrevivência onde o objectivo é sobreviver ao maior número de vagas, pois estas são infinitas, e, finalmente, modo versus para onde se combatem tanques contra tanques.

Portugal Gamers – Tanks Meet Zombies já está disponível para PC. Tenciona lançá-lo noutras plataformas, como PlayStation 4, Xbox One ou Nintendo Switch, por exemplo?

Nuno Barreto: Pensámos em lançar o jogo para consolas mas, neste momento, ainda estamos a avaliar a nossa situação para saber se vale mesmo a pena ou para qual das consolas lançar.

Portugal Gamers – Qual foi a sua inspiração para criar Tanks Meet Zombies?

Nuno Barreto: O jogo não teve necessariamente uma inspiração. Surgiu de uma série de factores, entre os quais, a necessidade de começar um novo projecto.

Portugal Gamers – Se tivesse que referir três dos seus jogos favoritos de sempre, quais diria, e porquê?

Nuno Barreto: Para mim é sempre difícil arranjar os x jogos favoritos, ou até o jogo favorito. Se tivesse que escolher 3 diria Dark Souls pelo sistema de combate, Chrono Trigger pelo enredo e também pela forma como melhoraram o Active Battle System do Final Fantasy e, finalmente, Fallout 3 pela forma como transitaram a franquia para o 3D.

Portugal Gamers – Donald Trump quis acusar os videojogos de causar tragédias nos EUA com armas de fogo (como o tiroteio na escola da Flórida). Qual a sua opinião em relação a esse assunto?

Nuno Barreto: Eu acho que este problema é demasiado complexo para apontar os dedos só a meia dúzia de factores.

Portugal Gamers – Também acha que é mais fácil acusarem os videojogos, que são apenas um meio de entretenimento, do que enfrentarem o verdadeiro problema de frente, que é o enorme acesso a armas de fogo nos EUA?

Nuno Barreto: Eu acho que o verdadeiro problema dos EUA é não chegarem ao fundo da questão. Há diversos factores que estão em jogo aqui e, muitos mais interesses, que não deixam avaliar bem esses factores. Também não contribui o facto dos governantes agora, e há 20/30 anos atrás quando isto surgiu pela primeira vez, fazerem parte duma geração que não cresceu com videojogos.

Portugal Gamers – Já está a desenvolver um novo jogo? Se sim, quer anunciá-lo em primeira mão ao Portugal Gamers ou pelo menos dar-nos algumas pistas do que poderemos esperar do novo jogo?

Nuno Barreto: Neste momento estou, em pareceria com os 8-Bit Forgers, a desenvolver o jogo Insurrection (https://8-bitforgers.itch.io/insurrection). Ainda está muito embrionário mas é um cinematic platformer, inspirado em jogos como Another World e Heart of Darkness.

Portugal Gamers – O que gostaria de dizer aos leitores do Portugal Gamers e IEPM Gamers?

Nuno Barreto: Acho que os videojogos são um meio de comunicação bastante espetacular que atravessou as barreiras existentes noutros meios. Por isso, o que tenho para dizer aos leitores é para nunca pararem de jogar.

Portugal Gamers – Muito obrigado pelo tempo que disponibilizou a responder às diversas questões. Toda a equipa do Portugal Gamers, bem como a IEPM Gamers, desejamos-lhe todo o sucesso do mundo.