Itadaki Smash – Análise

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Desenvolvido pela Main Loop, empresa criada em parceria com a PlayStation Espanha, Itadaki Smash é um pequeno jogo com pontos muito agradáveis sobre um género de si só nostálgico. Para os leitores que nasceram na década de 90´, certamente que se lembram de jogar videojogos beat ´em up tanto nas consolas como nas próprias máquinas arcade, sendo Streets of Rage, um dos jogos que mais enalteceu o género.

Referi Streets of Rage precisamente por sentir que Itadaki Smash é uma menção honrosa ao enorme clássico da Sega. Em vários momentos do gameplay, senti que em determinadas partes estava nos três primeiros jogos da série Streets of Rage, não referindo o quarto jogo porque ainda não tive oportunidade de o jogar.

Itadaki Smash

Inicialmente, o jogo apresenta-nos a possibilidade de o experienciar de duas formas distintas. Existe modo história “normal” e o modo Arcade. Ambos contém o mesmo conteúdo, embora se distingam pela sua acessibilidade. No modo dito normal, as vidas que nós temos são infinitas, ou seja, não existe o sentimento de voltar às origens e de por a moedinha para dar-mos o nosso melhor até ficarmos sem qualquer vida. Podemos perder e voltar a repetir o nível de forma tranquila porque se formos derrotadas podemos sempre recomeçar no nível onde o desaire aconteceu. No modo arcade, a proposta já vai de encontro ao agrado dos puristas, repetindo-se todo o modo história, mas apenas com as vidas que começamos e que vamos conseguindo ao longo da aventura.

Satisfazendo o gosto a todos os fregueses, a Main Loop disponibilizou 4 personagens (Katsu, Naru, Tako e Mayo) diferentes para iniciarmos a nossa campanha, tendo os jogadores consciência que não poderão trocar de personagem até à evaporação do boss final.  Cada um destes personagens tem habilidades e stats diferentes, o que permite ao jogador escolher a sua abordagem de pancadaria durante os 16 níveis à disposição.

No modo normal, o jogo é extremamente rápido de ser concluído. Demorei sensivelmente 1 hora do inicio ao fim. A brevidade da história está também associada a uma falta de dificuldade gritante, e daí ser importante para os jogadores escolherem a opção Arcade, onde toda a ação é mais desafiante. No total são 4 as bosses fights que temos de enfrentar até à aparição da tela dos créditos, todas elas bastante acessíveis e passíveis de serem concluídas à primeira tentativa.

Itadaki Smash

Porém, além desta curta e facilitada aventura, o gameplay e o level design estão no ponto, e todo o jogo além de muito divertido, é acima de tudo bom de se jogar. As personagens são realmente diferenciadas e apresentam um conteúdo diverso, o que nos permite passarmos as mesmas fases mas sempre com um feeling distinto. O cardápio do combos também é agradável para um jogo desta escala, apesar de existir o sentimento de querer ver mais, mas que no geral foi uma agradável surpresa.

Existe ainda um terceiro modo de jogo que vai sendo desbloqueado à medida em que avançamos na história do jogo. Este modo chama-se Arena que é um complemento, ou uma pequena recompensa para quem terminou o jogo mas quer continuar a dar uns socos.  Este modo prende-se a uma compilação de 6 momentos dos níveis de história, onde temos de sobreviver a todas as vagas de inimigos que nos vão surgindo.

Itadaki Smash

– Mas tudo isto porquê? Perguntam vocês e muito bem. O enredo de Itadaki Smash é na sua essência um pretexto para dar vida a um gameplay frenético bem ao estilo dos beat ´em up mais clássicos. Pois então, o objetivo deste pequeno grupo de rufias é devolver um conjunto de receitas de culinária ao único restaurante que não pertence ao domínio do clã Tengogo. Durante os níveis, são vários os diálogos entre os inimigos e o nosso personagem, onde o humor e a quebra da 4ª parede são uma constante.

Opinião final:

Itadaki Smash é um pequena e bonita homenagem a todo um género de videojogos que fez (e faz) parte da vida de muitos jogadores. É um ótimo jogo, que será lançado pelo valor de 15€ na loja digital da PlayStation e também na Steam. Pelo valor é uma boa oportunidade para os amantes de um bom beat ´em up, apesar de pouco desafiante e de muito curto. Contudo, a qualidade está presente nos vários momentos do jogo.

Do que gostamos:

  • Estética calorosa;
  • Diferentes personagens;
  • Modo Arcade;
  • Diálogos bem estruturados.

Do que não gostamos:

  • Jogo extremamente curto;
  • Dificuldade deveria ser mais acentuada.

Nota: 7/10