Moving Out – Análise

Moving Out é o novo título da Team17, empresa responsável por jogos que entregam uma diversão e familiaridade ímpar, como por exemplo, Overcooked. Totalmente desenhado para ser jogado com os amigos que conta com uma exigência bastante elevada, aliando o melhor dos dois mundos.

No menu inicial, podemos encontrar as definições básicas e também a dificuldade com que pretendemos jogar. Se jogarmos sozinhos existem ajudas que fazem com que os níveis sejam mais amigáveis e por sua vez, fáceis de completar. Entre estas ajudas está o aumento do tempo disponibilizado para cada fase, a redução do número de objetos, entre mais algumas características. É possível alterar as definições de dificuldade a todo e qualquer momento assim como as nossas escolhas de personalização para os nossos fiéis amigos das mudanças.

Moving Out é um jogo que exibe bastantes similaridades com Overcooked, desde da possibilidade de ser jogado por quatro jogadores até aos princípios básicos do jogo, que apresenta o contra relógio como inimigo, no qual, o principal objetivo é terminar as tarefas antes do tempo proposto. Neste universo de mudanças é essencial definir uma boa estratégia para que consigamos limpar o maior número de objetos: desde frigoríficos, camas, mesas, entre muitos outros equipamentos que se podem encontrar em casa.

Tal como em Overcooked, existe uma carrinha que podemos controlar para escolhermos os níveis de forma totalmente liberal, existindo sempre a possibilidade de voltar atrás para completar os objetivos deixados, sendo possível completar o jogo a 111% sem que seja necessário iniciar uma nova campanha. Cada nível tem seis medalhas, três delas associadas ao tempo pretendido (ouro, prata e bronze) e as outras três que podem ser desbloqueadas assim que sejam cumpridos os objetivos propostos nesse nível, medalhas estas que variam de forma constante.

Eu tive o privilégio de jogar o jogo acompanhado durante boa parte da campanha e posso dizer que já não me ria assim há muito tempo, chegando até a constatar que fazem falta mais jogos destes em plataformas como a PlayStation 4Xbox One, algo que aparece com muito mais frequência em consolas como a Nintendo Switch.

O enredo do jogo apresenta-se bastante simples e é apenas um apetrecho que dá uma maior profundidade ao gameplay. Basicamente, fazemos parte de uma equipa de remodelações que vai recebendo chamadas anónimas para realizar os trabalhos, sendo que mais tarde a história dá uma reviravolta em que somos surpreendidos, mas que acaba por não causa qualquer tipo de influência direta ao que vamos sentir pelo título.

Ao longo dos níveis é preceptível que o jogo é desenhado para ser jogado por mais que um jogador. Existem itens que só podem ser transportados por dois jogadores e em todo o caso, quanto maior for o número de ajudantes mais divertida e eficaz se torna esta aventura colorida que graficamente se apresenta com bastante qualidade, fazendo lembrar um pouco Animal Crossing, jogo exclusivo da Nintendo Switch.

A dificuldade do jogo vai depender essencialmente da experiência que pretendes com ele. Se não fizeres qualquer tipo de alteração nas definições da dificuldade, o jogo apresenta-se bastante exigente podendo até obrigar-te a fazer um planeamento muito bem estudado antes de executares os níveis, caso pretendas ganhar as todas as medalhas de mérito. Porém, é possível jogar em modo assistido permitindo diminuir a dificuldade em vários aspetos (já antes referidos).

Além dos objetivos associados aos níveis de história existem ainda desbloqueáveis que vão prolongar a tua experiência de jogo. Ao desbloqueares medalhas vais puder encontrar um modo VHS e um outro de seu nome Fliperama, recordando as velhas memórias daqueles que se lembram desses tempos. Nesses níveis toda a ambientação é diferenciada, fazendo referências ao passado e criando uma boa sensação de nostalgia.

Posto isto, o problema que maior dano causa a Moving Out é a falta do modo online. É de facto triste que o jogo possa ser jogado apenas em modo “sofá” com alguém ao nosso lado ou então através da ferramenta share play presente na PlayStation 4 que permite convidar um jogador para ingressar na equipa. Não se compreende como é que um jogo com foco totalmente cooperativo não implementou um modo online para que todos o possam jogar com os amigos. Foi de longe o pior ponto que atribuo a Moving Out que tanto tinha a ganhar com este modo.

A durabilidade do jogo é bastante razoável para o preço que este vos pede. Para completar todos os 30 níveis demora-se aproximadamente entre 4 a 5 horas. Se pretenderem completar todos os 90 desafios assim como todos os troféus/conquistas esse tempo pode facilmente triplicar. E tendo em conta que os objetivos são muito variados acabam sempre por dar uma nova prespetiva ao níveis, mantendo o grau de diversão desejado.

Opinião Final:

Moving Out consegue melhorar o que de muito bom já foi feito em Overcooked. Um jogo competente com carisma familiar e uma diversão que por vezes é necessária para que a industria siga saudável e variada. O jogo pode ser o que tu quiseres, dependendo da tua disponibilidade e do ritmo com que queiras conduzir esta aventura. Visualmente está ótimo para um título independente e com uma variedade excelente de níveis, o que promete fazer as delícias dos miúdos e graúdos. Em suma, Moving Out é um jogo merecidamente bom apenas manchado pela falta do modo online.

Do que gostamos:

  • Extremamente divertido;
  • Variedade de níveis e objetivos;
  • Visual apelativo;
  • Modo Fliperama e VHS.
  • Ótimo para passar tempo em família e com os amigos.

Do que não gostamos:

  • Fala de modo online.

Nota: 8/10