‘Medo existencial e social, e alienação’: é assim que Alistair Banks Griffin descreve o enredo do seu novo filme ‘Na Sombra do Medo’ que se desenrola no cenário dos motins raciais e do apagão generalizado de Nova Iorque no verão de 1977. O filme estreia esta semana nos cinemas nacionais.
No último piso de um prédio antigo no Bronx vive June Leigh, uma conhecida autora da década de 60 que agora vive solitária e na miséria. Lá fora, a brutalidade dos motins raciais sobe ao ritmo da temperatura, e um assassino em série continua a escapar à polícia. Refém do medo, da violência e da campainha que não para de tocar, June tenta manter a sanidade através da escrita, quando a cidade mergulha subitamente na escuridão.
Alistair Banks Griffin estreou a sua segunda longa-metragem, após ‘Two Gates of Sleep’, no Festival Sundance de Cinema, em 2016. O argumentista e realizador escolheu o cenário do verão de 1977, uma vez que ‘a cidade de Nova Iorque personificava visualmente o declínio do Ocidente e a raiva que se seguiu às promessas esquecidas do ativismo da década anterior’.
O filme é protagonizado por Naomi Watts (‘The Ring – O Aviso’, ‘Mulholland Drive’), nomeada para o Óscar de Melhor Atriz com ‘21 Gramas’ em 2003 e ‘O Impossível’ em 2013. ‘Na Sombra do Medo’ conta também com Jennifer Ehle (série ‘Orgulho e Preconceito’) e Jeremy Bob (séries ‘Sem Deus’ e ‘The Outsider’). O filme estreia a 5 de março.
Sinopse
June Leigh (Naomi Watts), outrora uma conhecida figura da contracultura Nova Iorquina, vive há já 10 anos sozinha, em reclusão no seu apartamento do Bronx Sul, tendo cortado todo o contacto com o mundo exterior. Agora, no auge de um dos momentos mais tenebrosos da história de Nova Iorque – os motins raciais do verão quente de 1977, June apenas tem de olhar pela janela para ver a violência escalar com o aumento do calor de verão. Com o calor brutal, a campainha da porta que toca sem cessar, os tumultos na rua e a renda por pagar, June percebe finalmente que não tem outra forma de ultrapassar a situação em que se encontra senão recomeçar a escrever. Mas para isso terá de conseguir superar os seus medos, e evitar que a violência do exterior penetre no seu mundo.