Novas informações sobre The Surge 2

The Surge 2 foi anunciado na semana passada para PC, PlayStation 4 e Xbox One com previsão de lançamento para 2019 e o site PCGamesN esteve presente no evento da Focus Home Interactive onde revelaram novas informações sobre o jogo.

De acordo com o gerente-geral da Deck 13, Jan Klose, ao contrario daquilo que acontece no primeiro jogo onde estávamos no início de todo o caos (não vamos entrar em detalhes para não estragar a experiência de quem não jogou) os jogadores agora vão estar em meio a todo o caos gerado por esses eventos e a tentar sobreviver numa área muito mais viva.

De acordo com Klose a ambientação foi construída de maneira muito diferente com muito mais camadas e conexões entre os locais, de tal maneira que o estúdio teve mesmo de redesenhar um pouco o motor de jogo utilizado.

De acordo com o design chefe, Adam Herenyi, os inimigos agora serão capazes de se adaptar melhor ao que o jogador fizer e terão um comportamento bem diferente em grupo, de maneira há que o jogador terá de lidar com uma maior variedade de comportamentos para aprender e antecipar, algo importante no género.

Um dos inimigos encontrados na cidade em que o jogo terá lugar, serão os sobreviventes aos eventos do primeiro jogo e que não terão exo-esqueletos e por isso não foram afetados pelos nanobots, mas a natureza humana é igualmente perigosa, já que eles vão querer te roubar, vão querer ter um pouco de ti e já que individualmente são fracos, eles terão um comportamento ainda mais desafiador.

De acordo com Hetenyi, esses sobreviventes poderão se juntar em grupos e emboscar o jogador e mesmo quando o grupo começar a ser reduzido, eles não vão simplesmente fugir, ao invés, disso irão à procura de mais aliados e regressarão.

Algo bem presente no primeiro jogo (e em todos os jogos desse do estilo souls-like) é a presença de inimigos em locais pontuais só a espera de saltar e atacar, mas de acordo com design, os inimigos agora não vão se limitar a esse sistema de emboscada, eles vão responder a sua movimentação através daquele lugar.

Em relação aos inimigos maiores, esses agora não vão simplesmente cair mortos após o jogador o desmembrar, ao invés disso, vão alterar o seu comportamento. Hetenyi dá como exemplo, uma situação onde esse inimigo perde uma arma, ele obviamente não poderá mais utilizar aquela arma, mas ainda assim será uma ameaça.

Algo interessante do primeiro jogo, muito devido à ambientação mais “vazia” devido a todos os acontecimentos é que sempre o jogador tinha ao seu lado um drone, mas a Deck13 acabou por descobrir que os jogadores não utilizaram muito esses drones e quando utilizavam se limitavam a no máximo dois módulos. Devido a isso, em The Surge 2 o drone terá uma maior importância.

Assim como já era possível desmembrar um inimigo e começar a utilizar essa parte para o seu próprio uso, em The Surge 2 também será possível cortar armas de longa distância e ajustá-las ao seu drone.

Hetenyi diz que isso pode levar a mecânicas de combate interessantes, como, por exemplo, o jogador poderá utilizar o drone para distrair um inimigo enquanto lida com outro ou até mesmo ao enfrentar um inimigo com maior defesa, o jogador pode utilizar o drone para atacar esse inimigo pelas costas a quebrar assim a sua defesa.

No primeiro The Surge a maioria das armas e armaduras que o jogador obteve eram equipamentos industriais reutilizados, afinal a ambientação era industrial, já em The Surge 2 a ambientação é urbana, então ainda haverão equipamentos industriais, mas também será possível encontrar equipamentos feitos literalmente na garagem de uma casa, equipamentos que pessoas comuns utilizam para sobreviver àquele ambiente radioativo. Mas também haverão equipamentos de alta tecnologia militar.

Hetenyi revela que o estúdio não queria que os equipamentos fossem apenas números, ao invés disso, tivessem um efeito diferente nos combates. Além disso, os implantes também terão um papel fundamental, com o jogador a ter uma maior oportunidade de enfatizar determinado comportamento, corrigir pontos fracos ou simplesmente experimentar aquilo que melhor se adapta ao seu estilo.

Mas talvez a maior mudança que The Surge 2 trará, será justamente em quem vamos assumir o controlo/controle durante essa nova jornada. No primeiro assumíamos a pele de Warren, já em The Surge 2 os jogadores terão a oportunidade de criar o seu próprio personagem, a não apenas escolher o seu género, mas também a aparência e o estilo que gostaria de começar o jogo.

Com isso, o jogador não estará limitado a duas escolhas iniciais, ele poderá criar uma maior variedades de combinações para iniciar a sua aventura. E parte dessa liberdade, vem da própria dificuldade que The Surge 2 trará.

De acordo com Jan Klose, houve muitas pessoas que jogaram o primeiro jogo e ficaram muito satisfeitas com a curva de dificuldade, mas também houve pessoas que começaram o jogo, gostaram da dificuldade, mas quando chegaram ao boss, se sentiram presas e acabaram por se afastar do jogo.

Então a ideia de The Surge 2 é “abrir mais possibilidades”, ao se aproximar de um inimigo que aparenta ser muito difícil ou muito acima daquilo que é capaz no momento, o jogador simplesmente poderá seguir por outro caminho, encontrar uma outra missão, expandir as suas habilidades de algumas maneiras e só dai voltar mais preparado para aquele desafio.

E justamente em relação aos bosses, a Deck 13 percebeu algo. Em The Surge o primeiro grande boss era o robô militar PAX, que trouxe um desafio considerável já que não era somente poderoso e brindado, o jogador tinha que descobrir como causar dano nele e a equipa/equipe considera isso interessante, mas talvez não funcione tão bem como algo central, já que encontrar essa fraqueza ou não basicamente significava vencer ou falhar.

De acordo com Hetenyi, isso será suavizado no segundo jogo. Mas isso não significa menos bosses, muito pelo contrário, haverão mais encontros com bosses só que agora de diferentes tamanhos, diferentes níveis de complexidade e em diferentes momentos. A intenção é que o jogador não sinta que precisa ultrapassar uma longa área até chegar ao boss.

Ao invés disso, haverá uma grande luta com um boss ao final de cada área e que exigirá o máximo do jogador, mas haverão também encontros ao longo desse caminho que irá preparar o jogador para o que o espera.