Samsung Galaxy Z Flip7 – Análise

O Samsung Galaxy Z Flip 7 chega ao mercado com a tarefa complicada de manter o charme de sempre e, ao mesmo tempo, provar que há espaço para evolução real num segmento onde a inovação muitas vezes se limita ao design. Esta geração não se limita a dobrar como as anteriores, tenta afinar o que já funcionava bem e reforçar as áreas que ainda precisavam de uma mãozinha. Desde o primeiro contacto, o Z Flip 7 impressiona pela qualidade de construção e pela sensação de solidez ao abrir e fechar o dispositivo. A dobradiça foi mais uma vez revista e, embora esta seja uma daquelas melhorias que só se nota ao longo do tempo, há algo de mais confiante no gesto de dobrar o telefone, menos hesitação, menos receio de estar a forçar o mecanismo.

O ecrã externo é agora uma verdadeira janela funcional. Com 4,1 polegadas, taxa de atualização de 120 Hz e um brilho máximo mais alto, torna-se um ecrã utilizável a sério e não apenas um painel para notificações. Dá para responder a mensagens, controlar música, aceder a widgets, tirar selfies com a câmara principal e até navegar em apps como o Google Maps, tudo sem precisar de abrir o telemóvel. E sim, tirar uma selfie com a câmara traseira enquanto nos vemos em tempo real no cover screen continua a ser uma daquelas funcionalidades mágicas para quem vê de fora.

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Ao abrir o Flip 7, encontramos o já habitual painel AMOLED de 6,9 polegadas com resolução Full HD+ e 120 Hz adaptativos. A qualidade da imagem é excelente, com cores vibrantes, pretos profundos e um nível de brilho que permite utilizar o dispositivo confortavelmente mesmo em exteriores. A nova proporção, ligeiramente mais alta, ajuda na leitura e na navegação vertical, algo que se torna especialmente útil em redes sociais. A marca no meio do ecrã, inevitável nos dobráveis, ainda está presente, mas ao fim de poucos minutos de utilização deixa de ser um fator de distração.

Em termos de desempenho, esta geração conta com o processador Exynos 2500, acompanhado por 12 GB de RAM e opções de armazenamento que vão dos 256 aos 512 GB. Tudo corre com fluidez, mesmo com multitasking exigente ou jogos mais pesados. O aquecimento está controlado, embora sessões prolongadas de gravação de vídeo ou jogos com gráficos elevados ainda aqueçam a estrutura. O sistema de arrefecimento melhorado ajuda, mas não faz milagres. É um dobrável fino, não um portátil gamer.

A câmara principal de 50 MP com estabilização ótica e a ultra grande angular de 12 MP não estão aqui para competir com os gigantes da fotografia móvel, mas fazem um trabalho bastante competente. As fotos em boa luz têm grande detalhe, equilíbrio de cores e boa exposição. À noite, nota-se o esforço do processamento digital em controlar o ruído, e os resultados são decentes, especialmente quando usamos o modo noturno. O Flex Mode, que ativa uma UI dividida quando o telefone está parcialmente dobrado, continua a ser um excelente trunfo para capturar fotos estáticas sem tripé, com o telemóvel pousado numa mesa ou em qualquer superfície estável.

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A bateria de 4300 mAh é suficiente para um dia inteiro de utilização moderada. Se fores daqueles que passa horas a ver vídeos ou a fazer scroll infinito nas redes sociais, vais precisar de uma carga ao fim do dia. O carregamento rápido de 25 W com fio e 15 W sem fios mantém-se inalterado. Não é o mais rápido do mercado, mas dá conta do recado. O carregamento reverso continua disponível e é útil para dar um empurrão a uns auriculares ou smartwatch.

No software, o Z Flip 7 vem com o One UI 8 baseado em Android 16. A integração com o hardware está afinada e há várias otimizações para tirar partido do formato dobrável. O modo Flex, os widgets específicos para o ecrã externo e a interface adaptável são alguns dos pontos fortes. A promessa de sete anos de atualizações de sistema e segurança coloca este modelo num patamar de longevidade raro no mundo Android e é um argumento de peso para quem procura um investimento a longo prazo.

O Z Flip 7 mantém certificação IP48, o que o torna resistente a salpicos e poeiras em níveis razoáveis. Ainda não é um dispositivo para levar para a piscina, mas a evolução em durabilidade face às primeiras gerações é notória. A construção inspira confiança e o acabamento em Armor Aluminum com vidro Gorilla Glass Victus 2 acrescenta uma camada extra de robustez.

No campo das desvantagens, o principal obstáculo continua a ser o preço. É um equipamento premium em todos os sentidos, e isso reflete-se na fatura. A autonomia, embora melhorada, ainda está aquém dos modelos convencionais com baterias maiores. E embora a experiência geral tenha sido refinada, continua a haver um ou outro bug visual ou atraso em algumas animações, pequenos detalhes que não comprometem a utilização, mas que destoam num dispositivo deste calibre.

Opinião Final:

Samsung Galaxy Z Flip 7 consegue manter vivo o encanto do conceito flip, oferecendo melhorias sólidas, usabilidade real e estilo inegável. Não é só para impressionar quando se abre, é também uma ferramenta funcional, bem construída e com longevidade garantida. Para quem quer sair do óbvio, este é um dos melhores pacotes tecnológicos que cabem literalmente no bolso.

Do que gostamos:

  • Ecrã externo mais útil, maior e mais fluído, com várias funcionalidades;
  • Dobradiça mais robusta;
  • Ecrã principal AMOLED com excelente brilho e cores;
  • Boa performance no dia-a-dia;
  • Design compacto, premium e visualmente apelativo;
  • Promessa de 7 anos de atualizações Android e de segurança;
  • Qualidade fotográfica competente para o segmento.

Do que não gostamos:

  • Preço elevado;
  • Autonomia razoável, ainda longe dos flagships tradicionais;
  • Carregamento podia ser mais rápido, especialmente quando em modo wireless.

Nota: 8/10

Análise efetuada com um Galaxy Z Flip 7 cedido gentilmente pela Samsung para teste.