Skully – Análise

És uma pessoa que gosta de argila e que pretende salvar o mundo? Então este é um jogo perfeito para ti. Skully é um jogo de plataformas num estilo já clássico deste género. Encarnamos um crânio animado que procura impedir que os seus irmãos conquistem a sua ilha mística e a tornem num lugar assombroso e terrível. Assim como no recém analisado Rock of Ages 3, Skully é um jogo onde vamos ter de rolar entre plataformas para ultrapassar todos os nossos desafios.

Este é um jogo que se baseia em verdadeiros clássicos para a sua execução, jogos como Klonoa ou Spyro, entre muitos outros que pretendem testar a destreza do jogador à medida que este vai evoluindo, num bom equilíbrio entre puzzles e plataformas. Ao longo da jornada vamos podendo obter plantas que se exibem como elementos colecionáveis e que nos “obrigam” a explorar melhor o mundo e conhecer os “cantos à casa”. Grande parte do jogo passa por rolar ora colina acima, ora colina abaixo ao longo de diversos obstáculos e de alguma variedade de cenários disponíveis.

Além desta mobilidade rolante, Skully também possui a habilidade de se transformar em diferentes formas sempre que encontra alguma poça de lama, o que aumenta o cardápio de movimentos a executar ao longo do jogo, não sendo inteiramente uma viagem de “dar a volta à cabeça”. Nestas formas adquirimos a capacidade de desbloquear novos caminhos, assim como novas formas de resolver os puzzles que se intrometem no nosso destino.

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Dentro das diferentes formas existem: o brutamontes, a “árvore” e o alce. O brutamontes serve essencialmente para derrubar paredes com um soco e atacar inimigos de uma forma mais eficaz e letal, ao contrário da versão original de Terry. A “árvore” existe para nos disponibilizar saltos enormes e maior mobilidade, para que encontremos novos caminhos e os vários segredos ao longo do jogo. Já o alce aumenta ainda mais a capacidade de salto criando mais possibilidades de exploração. É possível usar cada uma destas transformações de forma intercalada e ao longo da aventura será necessário fazer várias trocas para que tudo seja devidamente explorado.

A forma como o jogo foi construído foi que mais me causou incómodo. Nem sempre o caminho a seguir é claro, e isso faz com que o jogo se torne em alguns momentos mais aborrecido e nos faça querer sair da zona o mais rápido possível. Esta falta de clareza no level design, contrasta com alguns outros níveis que têm bastante mais adrenalina e ação. A câmara é outro problema que penaliza ao de leve a jogabilidade de Skully: muitas vezes é difícil de perceber se existe algo mais atrás da parede, ou se é apenas um erro de construção que nos dá uma falsa ideia de “caminho”.

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O enredo vai-nos mostrando que os irmãos do nosso personagem, Terry, nos vão fazer a vida negra com elementos que contrastam com o nosso poder de lama. Fogo e água são os seus elementos e ao longo dos níveis vamos encontrar imensas lagoas e poças de lama que são uma ameaça ativa para o nosso pequeno aventureiro. A dificuldade do jogo não é de todo elevada, mas em determinados momentos somos desafiados com uma exigência um pouco maior que nos faz suar mais um bocado.

Graficamente o jogo é competente, apesar de muito simples e com uma apresentação limitada. A variedade de cenários torna o jogo apelativo para quem gosta de descontrair e jogar um jogo de plataformas, enquanto, por exemplo, faz uma pausa num jogo maior ou mais exigente. Skully é um bom jogo para desfrutar em intervalos de jogo de outros. Tecnicamente não é de todo perfeito, mas encaixa bem no resto da proposta, mostrando um bom trabalho por parte da equipa, embora nada no jogo seja de excelente qualidade.

Opinião Final:

Skully é um bom jogo de plataformas que apresenta um bom guião e boas formas de o executar. É uma experiência consistente, embora não seja uma obra prima em nenhum aspeto. Pode ser considerado apelativo principalmente para as crianças se entreterem durante uma boa aventura. Tem uma ótima direção artística e ambientação, porém é prejudicado pela falta de clareza em determinados momentos e por uma câmara que atrapalha mais do que aquilo que ajuda. Este é um jogo que aconselho a comprarem numa boa promoção.

Do que gostamos:

  • Bom conceito;
  • Boa direção de arte;
  • Divertido.

Do que não gostamos:

  • Câmara;
  • Problemas na construção dos níveis.

 

Nota: 6/10