Trials Rising – Análise

Trials Rising é o mais recente título numa longa série de jogos, Trials, que vem desde 2000. Quem não se lembra dos jogos em flash e Java que acompanhou grande parte da mocidade da década de 90?

O estilo evoluiu e moldou a mesma jogabilidade a algo que permanece ainda hoje como uma personalidade de jogo viciante, desafiadora e divertida, apenas melhorada pelos avanços tecnológicos, continuando este a ser um maravilhoso jogo centrado na física das Trials Bikes. O foco principal desta série da Ubisoft é precisamente o de simular físicas e fazer com que cada jogar as consiga controlar da melhor forma possível para dominar os níveis e consequentemente entrar para as tabelas de liderança de tempos estabelecidos nos vários percursos.

Trials Rising parece levar-nos ao futuro, isto pelo seu aspeto vanguardista de cenários, a juntar à banda sonora e ao próprio level design. É uma experiência completa de som, visuais e jogabilidade que rapidamente nos controla o cérebro e nos faz redizer a célebre frase “Esta é a última, prometo!”. Mas não, como devem imaginar, nunca é a última porque o resultado central do desenvolvimento do jogo está bastante completo e bem feito.

O modo offline apresenta-nos uma carreira à volta do mundo que recria pistas únicas e inéditas por todo o globo, contando com um extenso trabalho de pesquisa sobre cada continente, e melhor do que isso, sobre cada país. Facilmente percebemos que estamos a jogar em determinado país mesmo que não o soubéssemos previamente. Como, por exemplo, quando jogamos em Espanha somos bombardeados com tomates no écran num cenário tipicamente espanhol. E o mais fantástico é a forma como o estúdio ucraniano conseguiu esta proeza em praticamente todos os locais. Simplesmente fantástico!

As provas são maioritariamente contrarrelógio, com a inserção de corredores fantasma que correspondem ao pódio: uma ótima adição que torna o jogo ainda mais desafiante e picante, obrigando-nos a reduzir o número de erros porque vemos diretamente os nossos adversários em tempo real.

As provas regulares são, como já disse, de contrarrelógio. Existe, contudo, outro tipo de eventos que nos obriga a manobrar o volante de outras formas, como os desafios de manobras e os de consistência. Desafios estes que aumentam ainda mais o desafio que nos é inicialmente proposto.

A composição dos níveis está com um ótimo gosto e inclui cenários dinâmicos consoante a localização e importância da prova. Apenas as provas mais importantes têm uma construção dinâmica, com mudanças drásticas de cenários adequados à velocidade da prova. É refrescante e mantém o jogo vivo da monotonia que pode ser jogar de forma constante um jogo de motas em 2D.

O modo online é sem dúvida uma mais valia, pela experiência que tive, mas ainda falha em alguns pormenores, como no tempo de espera no matchmaking e na estabilidade dos servidores. O modo consiste, pelo menos nesta primeira fase, em jogarmos com mais três participantes e os defrontarmos em três pistas diferentes, sendo atribuídos pontos de forma hierárquica com base na nossa posição. Apesar do jogo ser recente, já são algumas as dificuldades para conseguirmos a vitória final.

As loot boxes são outro dos temas que não podia faltar ao mais recente Trials da Ubisoft, embora com uma enorme vantagem. Tudo pode ser desbloqueado com “dinheiro” do jogo. Quem quiser ter melhores itens de personalização (que são imensos) pode comprar diretamente caixas para desbloqueio com dinheiro real, embora as micro transações ainda não estejam a funcionar. Não se sabe se haverá qualquer tipo de alteração ao conteúdo gratuito depois de isso acontecer.

Opinião Final:

Muito provavelmente o melhor jogo Trials de sempre, com uma excelente jogabilidade, aspeto e sonoplastia! Neste recente título da Ubisoft, podem esperar horas e horas de diversão e embates online desafiantes que prometem prolongar a experiência. Não sendo um jogo de primeira página de catálogo, faz uma ótima companhia a qualquer jogador, seja para um momento relaxante, seja para quem gosta de algo mais sério e competitivo. É sem dúvida um must no que ao género diz respeito.

Do que gostamos:

  • Gameplay de excelência;
  • Diversidade de pistas;
  • Visuais impressionantes;
  • Direção de arte;
  • Modo online;
  • Vasta personalização.

Do que não gostamos: 

  • Microtransacōes;
  • Durabilidade vai depender do quanto gostas do conceito;
  • Modo online com falhas.

Nota: 9/10