Antevisão – Nintendo Classic Mini: SNES

Na passada Sexta-feira, dia 18 de agosto, fomos mais uma vez muito bem recebidos pela Nintendo Portugal na sua acolhedora showroom, onde, num ambiente que em tudo lembra o conforto das nossas salas de estar, desta vez fomos experimentar a Nintendo Classic Mini: SNES (doravante SNES Mini).

Após ter tido um enorme sucesso com o lançamento da Nintendo Classic Mini: NES a (na Europa) 11 de novembro do ano passado (e que também tivemos oportunidade de experimentar), a Nintendo decidiu continuar com o lançamento de versões mais compactas das suas consolas mais antigas, apresentando-nos agora a SNES Mini.

Tal como a primeira, esta consola traz já vários jogos pré-instalados, 21, para ser exato. Já perceberão o porquê desta não trazer, ao contrário da NES Mini que continha 30 jogos pré-instalados, um número redondo de títulos disponíveis.

Neste catálogo poderão encontrar clássicos de vários géneros, como Donkey Kong Country, Mega-Man X ou Super Mario World no de plataformas; Final Fantasy III ou EarthBound no de RPG; The Legend of Zelda: A Link to the Past ou Super Metroid no de aventuras; e muitos, muitos mais. Escusado será dizer que a Nintendo voltou a acertar em cheio na seleção que fez dos títulos. Dada a minha idade, a SNES não fez parte da minha infância. Mas se fez da vossa, de certeza que irão encontrar aqui alguns dos títulos que mais vos marcaram.

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Os jogos disponíveis… esperem… eu não disse que eram 21?

O que mais me espantou, tanto ao experimentar a NES Mini como agora a SNES Mini, foi o facto de como, mesmo estas não tendo feito parte da minha infância, e portanto não existir qualquer nostalgia envolvida, muitos dos jogos continuam a divertir imenso, não se ficando nada atrás de títulos atuais. De facto, fiquei tão agarrado ao The Legend of Zelda: A Link to the Past que rapidamente passou a ser uma piada enquanto estava na showroom o estar a “tentar acabar o jogo de uma só vez” (o que, se a sessão de experimentação durasse em vez de 2, umas 10 horas, poderia ter acabado por acontecer).

Alguns títulos, como Super Mario Kart não tiveram a sorte de envelhecer tão bem como alguns dos já mencionados e por isso acabam por valer mais pelo fator nostalgia, ou como um objeto de curiosidade, através dos quais podemos constatar como eram os primeiros jogos de séries que continuam bastante populares (como tão bem notou a Carla, justamente na nossa análise a Super Mario Kart). Felizmente, são poucos os títulos em que isto ocorreu, sendo a maior parte deles experiências ainda hoje divertidas e que valem por si.

Neste nível, a grande surpresa com o lançamento desta consola é que nem todos os jogos incluídos são relançamentos de clássicos de culto. Entre eles encontra-se Star Fox 2 (o tal 21º jogo a que me refiro no início), que é assim oficialmente lançado pela primeira vez após ter sido cancelado em 1995,recebendo agora o seu devido destaque.

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Sim, são mesmo 21. Star Fox 2 é finalmente lançado oficialmente.

Depois de uma receção bastante positiva com o lançamento da Switch, a Nintendo parece estar decidida em permitir que quem compre as suas consolas partilhe logo a experiência de jogo com um amigo, sem precisar de comprar quaisquer acessórios. Desta forma, e ao contrário da NES Mini, vêm já incluídos dois comandos idênticos aos originais da Super Nintendo.

Para além destes dois comandos, o pacote inclui ainda um cabo USB (a que terão de ligar um transformador não incluído, pois só assim poderão ligar a consola à corrente) e um cabo HDMI. A consola em si é bastante pequena e cabe na palma da nossa mão, o que já é bastante surpreendente dito desta forma, mas é ainda mais quando a vemos ao vivo.

Apesar das reduzidas dimensões, a consola inclui 2 botões: Power e Reset. O botão Power dispensa grandes explicações, serve simplesmente para ligar e desligar a consola. O botão Reset no entanto é algo de único (que já estava presente na NES Mini) e de bastante útil. A qualquer momento de jogo, carregando neste botão, somos levados de volta ao menu principal (onde são apresentados os vários jogos disponíveis) e é nos dada a possibilidade de guardar o progresso num dos 4 slots disponíveis por títulos. Para além disso, é ainda possível bloquear esses mesmos dados, impedindo que se possam gravar outros por cima destes e assim evitando acidentes frustrantes.

Tudo isto já era possível com a NES Mini. Pelo contrário, a funcionalidade de rebobinar (que podem ver no trailer diretamente em cima e que é bastante difícil de explicar simplesmente por palavras) não existia e é uma adição introduzida com esta SNES Mini. Em termos muito gerais, passamos a conseguir criar um save state e jogar durante alguns segundos a partir do mesmo, podendo, caso as coisas não corram bem, voltar atrás e repetir as nossas ações. Esta possibilidade de voltar atrás torna-se especialmente útil em jogos que nos anos 90 faziam arrancar cabelos e que tendo como comparação os jogos de hoje parecem ainda mais imperdoáveis. Felizmente há sempre escolha e nunca nos é impingida esta funcionalidade, pelo que poderão desfrutar do jogo como se estivessem ainda nos anos 90, mesmo com as passwords e tudo!

Mas não só em termos de dados guardados, de comandos e da consola em si a Nintendo nos faz viajar no tempo. Tal como na sua antecessora, a SNES Mini dá-nos a possibilidade de escolher entre 3 modos de visualização diferentes: original; CRT e 4:3. O modo original fala por si e apresenta-nos a imagem exatamente como no jogo original. O modo CRT simula a exibição de imagem das TVs mais antigas, com as cores meias esbatidas e com as famosas riscas pretas (o ideal para os mais nostálgicos). Finalmente, o modo 4:3 é o pixel perfect, e apresenta-nos uma imagem nítida em alta definição – trata-se do modo com melhor qualidade visual e é o ideal para quem prefere a fidelidade visual a possíveis sentimentos de nostalgia.

Devido a, na altura, as TVs terem ecrãs mais pequenos, e de maneira a não prejudicar a qualidade de imagem, a imagem apresenta, tal como já acontecia na NES Mini, barras pretas de ambos os lados da imagem. Agora, no entanto, passa a ser possível acrescentar fundos, que assim preenchem o resto do ecrã e sempre dão um ar mais vívido aos espaços por preencher (muito embora estes quase não se notem quando estamos muito concentrados no nosso jogo).

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Um grande clássico, que continua muito divertido, ainda hoje.

Por força do tempo limitado para experimentação, não me foi possível “investigar” com mais detalhe as funcionalidades da consola e o seu catálogo, mas baseando-me na experiência que tive, penso que posso afirmar, sem grande risco, que estamos perante uma nova grande consola e que com certeza irá satisfazer tanto os colecionistas, como os que simplesmente querem reviver os “bons velhos tempos”, ou simplesmente quem deseje um conjunto de jogos divertidos e não se sinta incomodado pelo gap tecnológico entre os anos 90 e a atualidade. Em suma, se estão interessados na Nintendo Classic Mini: SNES, sejam rápidos, pois é muito provável que tal como a sua antecessora, esgote bastante facilmente.

A Nintendo Classic Mini: SNES estará disponível no próximo dia 29 de setembro, por preços que rondam os 89,99€, dependendo da loja em que a comprarem.