Everybody’s Golf VR – Análise

A franquia Everybody’s Golf tem vindo a seguir a marca PlayStation ao longo dos anos, começando com o título original e a sua sequela na PlayStation, Everybody’s Golf 3 e 4 na PlayStation 2, a quinta e sexta iteração na PlayStation 3, assim como esta última na PS Vita, e finalmente o reboot da série em 2017 na PlayStation 4. Podem ler ou reler a nossa Análise já publicada da versão PS4 de Everbody´s Golf, aqui.

Como uma marca intimamente ligada às consolas da Sony, seria espectável que o add-on de realidade virtual, PS VR, também viesse a receber a sua versão dedicada da franquia de Golf acessível a todos. Everybody’s Golf VR transporta-nos para o mundo de Everybody’s Golf, todavia sem as distrações habituais contidas na franquia. O jogo não contém karts, nem mapas enormes para serem explorados, não tem multiplayer, nem torneios – mas contém golfe, e dado que se trata de um jogo de golfe, é nos tees e na driving range que passaremos todo o nosso tempo.

Sugerimos desde já que se complete o tutorial que nos ensina a jogar. É possível jogar sentando ou de pé, com o DualShock 4 ou com os move controllers. O jogo é largamente configurável, e ficamos contentes por ver que a qualquer momento é possível adaptar o jogo ao modo (e ao lugar) como vamos jogar. Naturalmente que, sendo um jogo VR, a imersão absoluta é desejável, pelo que jogamos – e sugerimos – que se jogue de pé com os move controllers.

Assim que o jogo estiver devidamente configurado e aprendamos como fazer os nossos swings, podemos escolher ir para um driving range ou para os tees. Nestes últimos existe uma progressão de ranges que vamos desbloqueando nos três mapas, que também necessitam de ser desbloqueados. Somos acompanhados pelos caddies, que nos ajudam a preparar os lances e a fazer os putts – e com os quais podemos passar alguns momentos de relax numas ligeiras cutscenes, nada de mais, mas bom para distrair e ficar a conhecer ligeiramente melhor o nosso caddie. Existem vários caddies para desbloquear e assim várias interações que se pode ter com os mesmos

No entanto, consideramos que o jogo não possui conteúdo suficiente para se apresentar como um título stand alone na franquia. Este é o caso típico dos jogos VR que se contentam em ser mais uma “experiência” de realidade virtual, falhando em apresentar o conteúdo suficiente para fazer valer a pena o investimento no jogo (assim como no PS VR). É pena ver que na atualidade de jogos VR em que começamos a ser presenteados com jogos full size como Blood and Truth e Wipeout Omega Collection (com a VR patch), ambos títulos da Sony, o simulador de golfe da marca ainda falha em entregar uma experiência completa. Mais valia seguir o caminho de Wipeout e lançar uma VR patch aplicável ao Everybody’s Golf de 2017.

Do mesmo modo, o jogo não tem multiplayer online, uma pena. Graficamente, temos de admitir que a apresentação está fantástica, embora um pouco uncanny, isto é: é estranho termos os bonecos animados da franquia a olharem-nos nos olhos como se de pessoas reais se tratassem, mas nada que não passe em dois ou três swings. A apresentação gráfica é muito boa e realista, assim como a sensação de fazer os swings e mandar a bola a voar até ao buraco. Muito realista.

A composição sonora é equivalente à dos restantes jogos da franquia, com temas upbeat que nos acompanham nos menus e nos momentos em que interagimos com o caddie antes e depois de irmos para os tees. Mas nada de memorável.

Opinião Final:

Everybody’s Golf VR é um competente simulador de golfe em realidade virtual, mas a verdade é que poderia ser bem melhor. No mínimo, o jogo poderia ter mais mapas: o número incluído não é suficiente para justificar um jogo stand alone. Isto somado ao facto de que não há multiplayer online, nem nenhum tipo de distração que não seja o driving range, leva-nos a pensar que ainda não é o jogo VR definitivo para fãs de golfe. Por outro lado, não há mais nada no mercado, especialmente no PS VR, para os fãs do desporto.

Do que gostamos:

  • Um jogo imersivo, que nos transporta para o mundo do Everybody’s Golf;
  • Sensação de fazer um swing de pé com os move controllers é simplesmente fantástica.

Do que não gostamos: 

  • Apenas três mapas, uma progressão simples de ranges nestes três mapas, e um driving range, nada mais.

Nota: 7/10