Ghost of Tsushima Director’s Cut – Análise

Quando foi lançado em 2020, Ghost of Tsushima foi bastante aclamado por toda a imprensa, sendo nomeado, aliás, um dos melhores jogos do ano. Trazendo consigo inúmeras alterações à já conhecida fórmula open world, Ghost of Tsushima revolucionou o modo como interagimos com o mundo, contando a estória de Jin Sakai e as invasões mongóis da ilha japonesa de Tsushima. Foi sem dúvida o jogo a ter de 2020 e recebeu 10/10 na nossa análise, redigida pelo Luís Almeida, e que podem encontrar aqui.

Agora, já lançados numa nova geração, o estúdio Sucker Punch decidiu atualizar a experiência, lançando-o também para a PlayStation 5 com Ghost of Tsushima Director’s Cut, que inclui a expansão “Ilha de Iki”.

Em primeiro lugar, há que referir que Ghost of Tsushima já era um jogo lindíssimo, levando até a PS4 Pro aos limites da sua capacidade técnica. Pois bem, Ghost of Tsushima Director’s Cut eleva mais uma vez a fasquia, aproveitando-se da capacidade técnica da PS5 e do seu comando DualSense para atualizar o jogo para a nova geração. Os tempos de loading ficaram virtualmente inexistentes, algo muito importante para um jogo open world. Esta nova versão traz ainda dois modos consigo, um modo performance que corre sempre nos 60fps a 1080p e um modo de resolução que corre a 4K com uma framerate variável que, não obstante não ficar presa aos 60fps, atinge essa fasquia consistentemente. Ou seja, para quem tem uma TV 4K, ao contrário de vários títulos atuais, em Ghost of Tsushima Director’s Cut, vale a pena optar pelo modo resolução, já que o jogo, curiosamente, corre quase sempre a 60fps em 4K. Também foram feitas algumas alterações às animações, nomeadamente às expressões faciais das personagens ao nível do lip sync quando o áudio está em japonês.

Tirando partido das capacidades técnicas da PS5! A edição Director’s cut eleva a experiência de Ghost of Tsushima para um novo nível!

Ghost of Tsushima Director’s Cut recebeu igualmente uma grande atualização a nível de feedback háptico, isto é, o novo estilo de vibrações e sensações que o DualSense permite aos jogadores sentir. Tudo é incrivelmente detalhado através do comando, desde o galopar do nosso cavalo (RIP Nobu) em diferentes superfícies até mesmo ao desembainhar da nossa katana para os vários combates. Conseguimos sentir o vento no comando, não conseguimos explicar como! A Sucker Punch fez qualquer tipo de magia com o feedback háptico do DualSense, porque nunca sentimos algo assim tão detalhado.

Finalmente, a grande novidade é a Ilha de Iki, uma expansão que poderá ser acedida após o final do primeiro capítulo da estória principal e que conta a narrativa da luta entre Jin e um clã diferente de mongóis pelo domínio desta pequena ilha. Jin irá descobrir muito sobre o seu passado, nomeadamente irá ter a oportunidade de confrontar a morte do seu pai nas mãos de revolucionários dessa mesma ilha, aprendendo alguns truques novos. Os mongóis que invadiram a ilha de Iki, liderados pela “Águia” são bem mais perigosos, utilizando táticas novas e mortíferas e Jin terá que lhes fazer frente, lutando também contra os fantasmas do seu passado. Iki conta uma estória bem mais íntima, ao nível psicológico, sobre o sofrimento do protagonista, algo que a estória principal não expande suficientemente.

Novos inimigos irão obrigar os jogadores a adaptarem as suas técnicas de combate!

 

No entanto, para quem se aborreceu das várias atividades em Ghost of Tsushima, a Ilha de Iki não trará assim tantas novidades. Estamos perante mais do mesmo, alguns show-downs com grupos de mongóis, infiltrações de acampamentos, zonas para libertar, segredos para descobrir e missões para cumprir. Ou seja, nada de propriamente novo a não ser a estória original.

Ainda assim, é uma versão atualizada daquele que é argumentavelmente o melhor jogo de 2020, pelo que faz dele uma compra obrigatória para aqueles que nunca o jogaram, ou, tendo-o jogado, aqueles que gostaram tanto do jogo original que ainda hoje vivem e morrem pela espada do clan Sakai.

A Ilha de Iki contém mais um episódio na estória de Jin Sakai!

Opinião final:

Ghost of Tsushima Director’s Cut é a versão essencial do jogo já clássico de 2020, apresentando uma experiência melhorada em vários aspetos por forma a tomar partido das potencialidades da PS5. É um jogo obrigatório para quem nunca o jogou, sendo que quem jogou o original, poderá sempre voltar a viajar até Tsushima, provavelmente para apanhar um ferry até à ilha de Iki.

Do que gostamos:

  • Todos os pontos da análise original;
  • Bugs que apanhamos da análise original encontram-se corrigidos;
  • Tempos de loading inexistentes;
  • Modo de resolução 4K a 60fps constantes;
  • Implementação perfeita das funcionalidades do DualSense.

Do que não gostamos:

  • Ilha de Iki possui essencialmente atividades recicladas do jogo original, com poucas novidades.

Nota: 10/10