Mortal Kombat 11: Aftermath – Análise

Mortal Kombat é uma das IPs mais reconhecidas da NetherRealm Studios e, pela primeira vez, decidiram apostar numa expansão de história para Mortal Kombat 11, chamada de Aftermath. Depois de termos analisado o jogo base, tal como podem ver aqui, e termos dito que a nivel de jogabilidade e possibilidades era talvez o melhor Mortal Kombat de sempre, eis que passado 1 ano o jogo sofreu umas mudanças para melhor: ajustaram os modificadores, tornando-os algo mais acessíveis, e embora alguns ainda sejam exagerados (uma vez fui cercado por um modificador de gelo que só me afectava e literalmente não consegui fazer nada durante todo o combate porque era constantemente congelado, até acabar por morrer), no geral a comunidade foi ouvida e houve alterações nesse aspecto. Infelizmente a personalização, que era uma das grandes novidades e traz grande diversidade, ainda continua a ser algo criticável pelo simples facto de dificultarem imenso o facto de desbloquear novas intros e endings para as diversas personagens, não havendo qualquer razão para isso – devia ser muito mais rápido/fácil desbloquear essas coisas-, e é algo que pode e deve ser diferente nos próximos jogos do estúdio.

Apesar de tudo, Mortal Kombat 11, no que realmente interessa, é um dos melhores beat ‘em up do mercado. Depois de nos terem disponibilizado o Mortal Kombat 11 Kollection Pack, que junta o jogo base, o Kombat Pack e o DLC de história Aftermath – algo pelo qual estamos bastante agradecidos -, senti que tinha que fazer um pequeno overview ao jogo base para dizer que, com as actualizações que foram lançadas ao longo do tempo, que o jogo está melhor do que estava quando foi lançado em 2019.

No entanto esta será fundamentalmente uma análise ao Mortal Kombat 11: Aftermath. O enredo começa logo após os acontecimentos do jogo base, e de que forma! Depois de Liu Kang ter derrotado Kronika e ter destruído a sua coroa nesse processo, apareceu uma personagem que referi na análise do jogo base, o feiticeiro Shang Tsung. Ao lado dele, aparecem também o Fujin e Nightwolf. Shang Tsung avisa que ao terem destruído a coroa, que condenaram todos, pois não podem reiniciar a história e trazer de volta aqueles que não sobreviveram. E assim um dos grandes vilões e uma das personagens mais traiçoeiras da série, junta-se aos heróis numa viagem ao passada para roubar a coroa de Kronika antes que fique na sua posse.

E se é verdade que é aqui que Fujin, Nightwolf, SindelSheeva tem o maior destaque de sempre, e talvez também o Shao Kahn, também é verdade que o mesmo se pode dizer de uma das minhas personagens favoritas: Shang Tsung. E como ele brilhou!! O modo história pode ser mais pequeno que o do jogo base, mas é como se costuma dizer: às vezes menos é mais. É muito superior, mais épico, com acontecimentos fantásticos, animações surpreendentes e diria mais, a melhor história de um Mortal Kombat. O estúdio está de parabéns, pois acertaram em cheio: já estou ansioso por uma sequela, e esperançoso que o grande vilão seja o Shang Tsung.

Friendships e Stage Fatalities trazem diversidade á forma como se acaba um combate.

Em relação aos outros conteúdos, além de três novas personagens jogáveis como Fujin, Sheeva e RoboCop, cada um com o seu estilo de luta e possibilidades de personalização, também foram acrescentadas, embora de forma gratuita para todos os jogadores: Stage Fatalities, novos cenários (Soul ChamberKlassic Dead Pool) e Friendships. É curioso ver o regresso dos Friendships, e é uma forma engraçada de terminar os combates, de forma pacifica. Já os Stage Fatalities, tendo em conta um certo acontecimento durante o Krypt, era de prever que um dia iriam trazer isso de volta – pensava eu que no próximo jogo – mas feliz por o terem feito ainda neste. São boas inclusões, que vem trazer mais diversidade.

Uma das coisas que não foi anunciado para o Aftermath, mas que reparei, é que podem ter sido adicionadas algumas falas entre as personagens durante a intro. Notei isso quando estava com o Shang Tsung contra o Shao Kahn. Já tinha feito vários combates um contra o outro e já conhecia as falas, mas agora adicionaram, pelo menos do que reparei, mais duas falas. Pode ter acontecido nunca ter calhado essas falas antes, pois isso é random, mas é improvável, pois tendo em conta as falas e o que aconteceu no Aftermath, acredito que são mesmo novas inclusões. E isso é um elogio, pois mostra o empenho da NetherRealm Studios no jogo.

Mortal Kombat 11: Aftermath – Gameplay (acima)

Opinião Final:

Mortal Kombat 11: Aftermath é tudo o que queria que o jogo fosse no que toca à história, acrescentando ainda novas personagens, Stage Fatalities, Friendships e três novas personagens jogáveis, duas delas já conhecidas, como Fujin e Sheeva, e um convidado, o RoboCop. Olhando para o foco deste DLC e qualidade do mesmo, a NetherRealm Studios esmerou-se. Não é qualquer jogo que platino, só aqueles especiais, e Mortal Kombat 11 é um desses jogos.

Do que gostamos:

  • Modo história recheado de momentos épicos e memoráveis;
  • Três novas personagens jogáveis;
  • Os novos cenários são fantásticos, e extremamente detalhados;
  • Stage Fatalities e Friendships vem trazer diversidade à forma como se acaba um combate.

Do que não gostamos:

  • A Mileena seria uma adição muito mais importante que o RoboCop, até porque há uma grande fanbase que queria a personagem no jogo e há que dar prioridade a lutadores da franquia, mas o roster já é grande e de qualidade, portanto é apenas uma nota, e não algo que afecte o jogo.

Nota: 10/10