Project CARS 3 – Análise

Não existem muitos géneros mais saturados na indústria dos videojogos do que aquele que tem como temática carros. Desde Forza Horizon Gran Turismo, passando por Need for Speed, começa a ser complicado para cada desenvolvedor estabelecer uma identidade própria para a sua propriedade intelectual. Agora chega-nos Project CARS 3, que acaba por confirmar esta ideia.

Ambientação

Bem, comecemos pelo início. Antes de falar no que jogamos, gostaria primeiro de tocar no que vemos. A representação dos carros é bastante detalhada, mas não passa daí. À semelhança de todos os restantes jogos de corrida, parece que estes são feitos com a ideia de que os jogadores só vão olhar para o chassi, e de vez em quando para uns quantos metros de pavimento. A verdade é que, com o preço a que os jogos estão atualmente, uma maior atenção ao detalhe geral começa a ser necessária.

Relativamente à qualidade da banda sonora, penso que não há muito a falar. Temos aqui uma coleção de música de vários tipos, estilo Need for Speed.

Numa nota mais positiva, o facto de conseguires correr em 121 percursos, é de louvar, estando incluído o tão falado Autódromo Internacional do Algarve. Pena que não podes correr nele com os teus amigos, mas… já falamos nisso.

Jogabilidade

Agora passando ao ponto prático. Como disse no primeiro parágrafo, é cada vez mais difícil fazer um jogo com a temática de corrida que se consiga destacar da competição. A questão acaba por ser: o que separa Project CARS 3 de todos os outros jogos de corrida automóvel? E a resposta é: “nada”. Aliás, está patente uma sensação de crise de identidade. Às tantas não sabes se este jogo quer ser um Need for Speed com toda uma temática mais “rebelde”, ou se quer ser mais um Gran Turismo com a jogabilidade característica deste colosso.

Para além disso, não existe sequer a possibilidade de se jogar em split-screen com amigos. O modo online funciona poucas vezes, mas pelo menos, quando funciona, fá-lo bem, sem qualquer tipo de problemas. Existe também um sistema de upgrades, mas este sistema não é tão complexo ou significante como o que está disponível em outros jogos deste tipo.

Resumindo, o jogo é mesmo isso, não faz nada de novo, e, o que faz, acaba por não estar ao mesmo nível de outros jogos. Para além dos modos mencionados, existe também o Rivals que vos dá um determinado carro e, adivinhem, mais desafios que vos irão, posteriormente, colocar numa tabela de ranking online.

Opinião Final:

Em suma, como referido várias vezes em cima, Project CARS 3 é uma mistura de todos os jogos que querem ser únicos, numa indústria onde tal é impossível. Atualmente, é preciso desenvolver estratégias de diferenciação, e não juntar todas as que já existem, e unir num jogo. Comecei este jogo com a expectativa de encontrar alguma coisa nova, mas saí com a ideia contrária. Project CARS 3 tem quase tudo o que há de positivo num jogo de corridas, mas a um nível de qualidade baixa.

Do que gostamos:

  • Grande variedade de pistas;
  • Boa fidelidade visual e auditiva.

 

Do que não gostamos:

  • Inexistência de split-screen;
  • Desafios repetitivos;

Nota: 6/10