Spitlings – Análise

Spitilings tenta passar a ideia de que é mais um jogo hardcore (estilo “Super Meat Boy”) em que te vais passar com os teus amigos no meio de tanta euforia. Na verdade, não chega nem perto à premissa apresentada! É um jogo demasiado simples para conseguir satisfazer o pensamento que nos incute antes de iniciar o jogo. A verdade é que não existe muito para falar em relação a Spitlings, mesmo porque é um jogo incompleto para o que tenta ser.

Este é um jogo focado na cooperação entre ti e os teus amigos, mas na realidade cooperação não é preciso muita. Os níveis em Spitlings são algo fáceis e nada que vos vá partir a cabeça de tanto pensar. Até pelo contrário, os níveis presentes no jogo sofrem de uma falta de exigência de pensamento crítico que aborrece facilmente os jogadores. A verdade é que não é preciso pensares, não é preciso comunicação, nem te vais passar quando um dos teus amigos morrer e o nível começar todo de novo.

Pensa assim: tu controlas um quadrado e tens de atirar coisas como forma de movimentação só para te desviares de umas matérias vermelhas.

Ambientação

Espero que sejas surdo, porque se não fores, vais desejar não conseguir ouvir as repetitivas músicas que o jogo tem ao seu dispor ao longo da tua jogatina. Apesar de tudo, o mesmo é coberto por cores vivas e é notória a tentativa de animar o jogador…

Podes escolher entre 100 Spitlings para jogar pelo final do jogo, apesar de nenhum diferir de forma drástica um do outro. Seria engraçado se fossem mais do que apenas reskins, com habilidades diferentes ou algo do género. A verdade é que quantidade não é resultado de qualidade, e os mais de 100 níveis presentes neste jogo são também exemplo disso.

Jogabilidade

A jogabilidade é simples e incrivelmente repetitiva, o que, num ponto inicial, não é completamente mau. No entanto, numa tentativa de inovação, são mecânicas como as de recarregar que te fazem fazem perder a emoção toda a meio do gameplay.

Uma das grandes características deste jogo é a de que se alguém morrer, recomeçam o nível todo. No entanto, os níveis são tão curtos e simples que nunca se perde grande progresso. Esta funcionalidade poderia ter sido mais e melhor explorada, fazendo com que realmente tivesses medo de morrer neste jogo.

Para acrescentar, poderás ainda jogar em 2 modos:

Story Mode – onde tens que libertar outros Spitlings de modo a desbloqueá-los como skin jogável, acompanhado por cutscenes do género banda desenhada;

Party Mode – este modo sim é onde está toda a diversão (pelo menos a que existe), onde podes alterar as várias variáveis existentes de modo a diversificares a experiência de jogo.

Opinião Final:

Tentando estabelecer-se no género dos jogos “Hardcore”/”Rage”, Spitlings acaba por não conseguir alcançar esse estatuto. É óbvio que tudo é melhor com amigos, mas não é nesse conceito que Spitlings se deve escudar, revelando-se um jogo que se revela pouco complexo, algo monótono e escassamente divertido. Se o jogares, aconselho vivamente a que o faças com companhia e sem muitas expectativas.

Todos os jogos deveriam ser divertidos por si só, não estando essa diversão dependente de se tens ou não amigos por perto para apimentarem a tua experiência. Para além do jogo ser secante quando jogado sozinho, os benefícios de se jogar com amigos são os mesmos que recebes quando jogas um jogo de futebol ou de xadrez.

Do que gostamos:

  • Visuais coloridos;

Do que não gostamos:

  • Jogabilidade repetitiva;
  • Pouca diversidade;
  • Conceito pouco atrativo;
  • Mau jogo para se jogar sozinho.

Nota: 4/10